Rota 3

Uma Noite inteira de pilotagem, muito cansado cheguei no litoral Argentino.


Chegando a San Antonio Oeste pensei que iria ficar na cidade pois como havia pilotado a noite inteira imaginei que chegando a cidade ficaria em algum hotel pois não passava das 9 da manhã. 


Mas para minha surpresa um vento forte fazia com que a cidade parecesse com uma cidade do velho oeste mesmo, com poeira voando sobre a cidade, sem contar com um calor infernal, bateu uma depre tão forte que resolvi continuar na minha trip e alcançar Puerto Madryn a 266 Km. Realmente a cidade suja me deixou com má impressão e segui viagem, mas CLARO teria outro problema a falta da Nafta. Quando parei em um posto para abastecer na saída da cidade um frentista disse que tinha que agradecer o Lula por não haver gasolina no posto, não entendi muito bem mas segui adiante e encontrei gasolina a 40 Km. Agora a falta de gasolina na Argentina é culpa do Brasil, ahhh tá, vão se mexer e trabalhar um pouco galera....


Para quem vai pegar a Rota 3 pela primeira vez fica um aviso, retas intermináveis, dependendo da época do ano ventos fortes e calor insuportável.





Problema solucionado toquei para Puerto Madryn pois já estava a começar a incomodar o sono atrasado.


O calor na estrada era insurpotável, passei por maus momentos, muita agua quente para resolver o problema. Sombra é uma coisa rara. 


Retas intermináveis, mas pelo menos o vento ainda não estava forte.



                                                      Vista de Puerto Madryn da estrada





                                                 Na praia, quente fora congelante dentro









Um bom Hotel, um bom fim de dia com direito a uma Parrilhada e uma boa noite de sono.


No dia seguinte segui para Puerto San Julian, iria passar primeiramente por um trecho muito quente de deserto, com suas retas intermináveis e depois uma sequência de retas pelo litoral até chegando a Puerto San Julian a 429 Km.

                                                    Passando por Comodoro Rivadavia







Depois de uma tarde longa e quente chego a Puerto San Julian ás 21 horas,  vou direto a procura de um lugar para dormir com um casal de gaúchos que conheci na estrada, conheci eles em um posto de Gasolina e estou muito chateado por ter perdido o cartão deles, me acompanharam de carro boa parte deste trecho e alugamos esta casa juntos pois todos os hotéis e pousadas estavam cheios. A cidade muito bem organizada limpa e que vale a parada, só cuidem pois as vezes os hoteis ficam lotados.







Depois de uma rápida passagem por Puerto San Julian, segui para Rio Gallegos com o Objetivo de trocar o óleo e tentar puxar até Cerro sombrero. Tem um lugar que todos passam e trocam seus óleos e fazem suas manutenções em Rio Gallegos, o atendente da loja È UM BUNDA MOLE OTÁRIO, mas a galera da oficina  mecânica são muito gente fina então fiquem avisados, galera da oficina muito legais, da loja UNS OTÁRIOS. Depois desta troca de óleo as trocas seguintes eu mesmo realizei. Olha não costumo falar assim das pessoas e muito menos na web, mas o cara destrata e muito os brasileiros, mal educado e tem a mania de cobrar preços altos. 

                                                          Oficina em Rio Gallegos




Destino Cerro sombrero, depois da troca de óleo pela manhã parti para tentar chegar ao meu destino naquele dia, Cerro Sombrero. Logo que sai da mecânica senti um vento forte e imaginei que não seria fácil pois pelo sentido do vento estaria de lado e era bem forte. Ao chegar na estrada tem um posto de fiscalização, e o vento era uma coisa de outro mundo, arrumei a moto de um jeito que ela não caísse com o vento. Feito todos os procedimentos legais, fui para a estrada, simplesmente estava difícil, pilotava de lado com o vento me jogando para o lado e fazendo eu trocar de pista várias vezes, não conseguia passar de 70 por hora, não que eu estivesse com medo a moto simplesmente não andava, foi assim até o Estreito de Magalhães para esperar o Ferry para fazer a travessia.

                                                        Pôr do sol as 22 horas na estrada




O frio era intenso, só havia 4 carros na fila pois já passava das 22:30 horas e ainda tinha um pouco de sol, não tinha como se esconder do frio, mas algo legal aconteceu, enquanto esperava o Ferry uma família Argentina que estava retornando de férias me chamaram e falaram para eu entrar no carro deles e me aquecer enquando o ferry não chegava. Foi muito legal da parte deles, limpando a imagem que alguns argentinos tinham deixado na minha mente, educados e super simpaticos, uma grande amizade tinha se formado, me convidaram para ir com eles para Rio Grande mas falei que iria só até cerro Sombrero pois não queria pegar rípio a noite.

                                                                 A espera do Ferry



Despedidas depois do ferry botei umas roupas mais quentes e toquei para Cerro Sombrero, ùltima parte antes do rípio, para parar em um Hotel conhecido pelos viajantes que vão para o Ushuaia.

                                                               Vista atrás do Hotel


                                                         
                                                            Vista de dentro do quarto



Acordei cedo tirei umas fotos, tomei meu café da manhã e botei o pé na estrada, seria meu primeiro contato com a tão esperada estrada de rípio. realmente muitos comentavam em blogs, foruns e outros canais de comunicação mas estava curioso para ver e andar no rípio, meus primeiros Km foram de teste e fui me soltando aos poucos, o segredo é só ficar nos trilhos e não abusar da velocidade e nas curvas uma atenção especial pois o TRILHO some as vezes.



Após uma longa espera nas aduanas Argentinas e Chilenas, segui para o meu destino, queria dormir no camping Lapataia e precisava tocar, passei por Rio Grande e segui viagem, cheguei ao Ushuaia as 22 horas era dia ainda e segui para o Parque Nacional. Pois é o dia por ser mais longo propicia viagem com luz do dia até as 11 da noite.

                                                             Estrada para Ushuaia





Cheguei ao Parque Nacional Lapataia, iria ficar no parque por 2 dias pois queria fazer umas caminhadas, o parque é de encher os olhos, depois no meu retorno passaria pela cidade de Ushuaia e tiraria umas fotos.

                                                          Parque Nacional Lapataia







No dia seguinte acordei cedo pois queria subir em um pico que ficava no parque que teria a duração de 8 horas de caminhada e seria muito puxado pois era de grau mais difícil, havia poucas pessoas na trilha. O lugar era muito bonito, um momento de descanso para o vento e para a estradas que iria pegar nos próximos dias.

















Nestas próximas fotos são a segunda parte da caminhada, na primeira parte é uma  floresta, e na segunda em direção ao cume a vegetação se abre e da lugar as pedras.

                                                       Trilha para o Cerro Guanaco







                                                              Pico do Cerro Guanaco